Do total de projetos de mercado de carbono no mundo, registrados entre 2004 e 2024, 47,1% são da China e apenas 4,7% do Brasil. O número é considerado pequeno diante do potencial do país, segundo o professor Alexandre Betinardi Strapasson, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, que apresentou o levantamento durante um seminário sobre o tema na capital federal. O evento foi organizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Advocacia-Geral da União (AGU) e Conselho da Justiça Federal (CJF).
Segundo o docente, existem duas formas de induzir o mercado regulado de carbono nos países: por meio do crédito de carbono e do carbon tax (imposto de carbono). Para estimular esse mercado no Brasil, ele ressaltou a importância da regulamentação da matéria, a qual precisa ser "bem-feita e sem sobrecargas" para evitar que os investidores busquem outros países.
O Mercado de Carbono será um dos painéis do Wood Forest Experts (WFE). Esta edição do WFE terá a participação de quatro profissionais experts no assunto: Fabio Galindo (CEO da Future Carbon Group) irá apresentar o Mercado Global de Carbono; Julio Natalense (Gerente Executivo de Negócios de Carbono da Suzano S.A.) falará sobre Mercado de Carbono de Florestas Plantadas; Cristiano Oliveira (Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Sustentabilidade da Biomas) fará a palestra Mercado de Carbono de Nativas; e Luís Garcia (Regional Director da SilviCarbon) vai apresentar sobre o Mercado de Carbono em Países Latino-americanos.